segunda-feira, 24 de setembro de 2012


M A L B A    T A H A N 

Nome:
Júlio César de Mello e Souza ( pseudônimo: Malba Tahan )
vida:
viveu 79 anos ( 1895 - 1974 ), a maior parte no Rio de Janeiro
formação:
Colégio D. Pedro II
Escola Normal do RJ
Escola Politécnica do RJ ( eng. civil )
  1. O personagem Malba Tahan

    No início do século, era bastante difícil de os autores nacionais conseguirem publicar qualquer coisa: os livreiros e os donos de jornais tinham medo de ficar no prejuízo. Assim, procurando-se lançar-se como escritor, Mello e Souza resolveu criar uma figura exótica e estrangeira, o Malba Tahan , e passar como tradutor dos contos e livros desse.
    Ao ler os Contos das Mil e Uma Noites, ainda menino, havia apaixonado-se pela cultura árabe. Partindo desse conhecimento, e melhorando-o com outras leituras e inclusive curso de árabe, construiu seu personagem. Sua criação era uma rara figura: nascido em 1885 na Arábia Saudita, já muito moço fora nomeado prefeito de El Medina pelo emir; depois, foi estudar em Istanbul e Cairo; aos 27 anos, tendo recebido grande herança do pai, saiu em viagem de aventuras pelo mundo afora: Rússia, India e Japão. Em cada aventura, Malba Tahan sempre acabava envolvendo-se com algum engenhoso problema matemático, que resolvia magistralmente.

    O sucesso dessa idéia de Mello e Souza foi imediato e ele acabou escrevendo dezenas de livros para seu Malba Tahan :  A Sombra do Arco-Iris (seu livro predileto), Lendas do Deserto, Céu de Allah, etc, etc e o muito famoso O Homem que Calculava ( que além de ter sido traduzido para várias línguas, vendeu mais de 2 milhões de exemplares só no Brasil e está na 42a edição ).

    Hoje, o valor pedagógico dessa obra é reconhecido até internacionalmente. Não menos meritória de aplausos é a criatividade entretenedora dos livros de Mello e Souza; o grande escritor Jorge Luiz Borges colocava-os entre os mais notáveis livros da Humanidade.
  2. O Professor Mello e Souza

    Além de produzir essa vasta obra literária ( Malba Tahan ), Mello e Souza encontrou tempo para escrever vários livros de Matemática e Didática da Matemática.

    • sozinho:
      Geometria Analítica, Trigonometria Hiperbólica, Funções Moduladas, etc
    • com colaboradores:
      Irene de Albuquerque, Euclides Roxo, J. Paes Leme, etc

    Podemos destacar os seguintes aspectos de sua obra didática:

    • foi um crítico severo da didática usual dos cursos de matemática da primeira metade deste século ( conta-se episódios de violentas discussões que travou em congressos e conferências )
    • foi um pioneiro
      • no uso didático da História da Matemática
      • na defesa de um ensino baseado na resolução de problemas não-mecânicos
      • na exploração didática das atividades recreativas e no uso de material concreto no ensino da Matemática
    Não podemos deixar de mencionar que foi um dos primeiros a explorar a possibilidade do ensino por rádio e televisão. Lamentamos, por outro lado, sua insistência em divulgar idéias associadas à Numerologia.
  3. Escolas onde atuou

    Provavelmente deve seu interesse pelo ensino ao pai e mãe, ambos professores de primeiro grau. Começou a lecionar cedo: aos 18 anos, ensinava nas turmas suplementares no Colégio D. Pedro II . Os cargos mais importantes que teve foram:

    • catedrático na escola Nacional de Belas Artes
    • catedrático na Faculdade Nacional de Arquitetura
    • catedrático no Instituto de Educação do RJ ( ex Escola Normal do RJ )
  4. Museu Malba Tahan

    Está para ser inaugurado na cidade paulista de Queluz, onde Mello e Souza viveu sua infância. Após sua morte, sua família doou para essa cidade todo o acervo de Malba Tahan ( biblioteca, documentos, objetos pessoais, etc ).
  5. Dia da Matemática

    Ficamos sabendo, através do Prof. António J. Lopes Bigode, que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - comemorando o centenário do nascimento de Mello e Souza em 6 de maio de 1995 - criou o Dia da Matemática, a ser celebrado todos os 6 de maio.
  6. Teatro baseado em Malba Tahan 

    Click aqui para detalhes 
  7. Referências
    depoimento de Mello e Souza ao Museu da Imagem e SomMaria T. Calheiros-Malba Tahan. Jornal Leitura, SP ,1991O Prof. Marcelo Ribeiro tem, na Internet, um site dedicado a Malba Tahan, o qual contém uma bibliografia completa da obra de Mello e Souza, bem como outros detalhes biográficos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Homenagem a Malba Tahan




O que importa saber o que é linha reta se não sabe o que é retidão?
O Homem que Calculava 





  • Introdução
  • O livro “O Homem que Calculava” relata a história do calculista persa Bermiz Samir.
  • Em suas viagens resolve problemas como: dos 35 camelos, dos quatro quatros, do joalheiro, dos 21 vasos, do jogo de xadrez, dos três marinheiros, das abelhas, da metade de x da vida, dos número 142.875, entre outros…
  • Este artigo tem por objetivo apresentar os capitulos do livro em questão de forma resumida, convidando os leitores a efetuarem a leitura completa do livro “O Homem que Calculava”.
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  • CAPÍTULO I
  • Voltando de uma excursão avistei um homem que tempo em tempo levantava-se e falava um numero.
  • Surpreso foi ate ele, onde informou que pela delicadeza que tive, ira atender meu desejo de curiosidade, mas antes contou sua história de seguinte forma.
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  • CAPÍTULO II
  • Sou Beremiz Samis, nasci numa pequena aldeia Klói na Pérsia…
  • De tanto contatar as orulhas que cuidam, adquiriu a técnica de contar  milhões rapidamente.
  • Achei interessante e informei que poderia ganhar dinheiro com isso. Surpreso Beremiz disse que nunca tinha pensado nisso.
  • Expliquei em que poderia ser útil e levei em meu camelo para Bagdá.
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  • CAPÍTULO III
  • 35 camelos onde devia ser divididos em 3 irmãos. O Homem que Calculava solicitou a um deles para ceder o camelo, somando 36 camelos efetuou  a divisão entre os 3 irmãos e ainda sobrou dois camelos , sendo um para o Homem que calculava e outro a seu amigo. Assim todos ficaram felizes.
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  • CAPÍTULO IV
  • Após 3 dias próximos a pequena aldeia socorremos um individuo chamado Salem Nasair.
  • A caravana foi saqueada por uma turma de nômades, sobrando os pães foram juntados e feito uma única sociedade onde foi efetuado um calculo de divisão entre todos, pelo Homem que calculava, bem como provou quantas moedas de ouro caberia para cada um.
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  • CAPÍTULO V
  • Após deixar a companhia do Xeque Nasair e do Vizir Maluf  encaminharam para hospedaria Mareco Dourado. Nos 8 dias de viagem pronunciou 414.720 palavras, no total de 2.160 horas.
  • Então o calculista lhe contou. Em Teerã na Pérsia o mercador disse aos 3 filhos que o que ficar o dia sem pronunciar palavras inúteis ira ganhar vinte e três Timões.
  • O ganhador foi o segundo filho pelo fato de ser discreto, sem verbosidade e simples.
  • O calculista chegando a hospedaria verificou que um vendedor de jóias estava tentando resolver o problema do pagamento da estudia onde conforme acordo o senador afirmava estar devendo 24 e meio e homem 28 assim o calculista provou que o valor correto é 26.
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  • CAPÍTULO VI
  • Do que ocorreu durante a nossa visita ao vizir Maluf. Encontramos o poeta Iezid, que não acreditava nos prodígios do Cálculo.
  • O Homem que Calculava conta, de modo original, uma cáfila numerosa. A idade da noiva e um camelo sem orelha. Beremiz descobre a “amizade quadrática” e fala do rei Salomão.
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  • CAPÍTULO VII
  • Beremiz visita ao ruque de mercadores e explica os possíveis formas de obter um resultado com 4 quatros e também esclarecer a duvida ao mercador  e receber um turbante azul de presente.
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  • CAPÍTULO VIII
  • Beremiz resolveu o problema dos 21 vasos de vinho que foram divididos entre os criadores de ovelha e também esclarece a mal entendido do desaparecimento de 1 dinar, referente a conta de 30 dinares onde o mercador devolveu 5 dinares, sendo dois doados.
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  • CAPÍTULO IX
  • Após vários convites de Iezid a pessoas para ensinar matemática a um jovem, Beremiz foi convidado, se propôs a ensina-la  sem poder ver seu rosto e acompanhada de duas escravas de sua confiança.
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  • CAPÍTULO X
  • No palácio de Iezid encontra-se Tara-Tir um rancoroso que não confia no calculista.
  • O homem que calculava contou quantos pássaros havia na coleção e solicitou que soltasse três deles para após informar a quantidade. Acertando a quantidade e explicando que este havia sido um ato de caridade, o xeque então, ordenou que soltassem todos os pássaros.
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  • CAPÍTULO XI
  • Este capítulo conta a história de como Beremiz iniciou o curso de matemática.
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  • CAPÍTULO XII
  • Deixando o palácio e ao passar pelo Marabu de Ramih, ouviu o canto dos pássaros onde ficou admirado, o contrário de Beremiz que pouco se interessou, estava atento a um grupo de meninos e fez uma dissertação sobre eles.
  • Chamou um dos jovens que rapidamente voltou seu rosto encaminhando-se ao encontro deles. Tomou conhecimento de seu problema, a diferença encontrada na venda de 60 melões, esclareceu o motivo da diferença, durante a explicação foi interrompido pela voz do Muezim, que chamava os fiéis para a prece da tarde.
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  • CAPÍTULO XIII
  • Seriam recebidos em audiência solene pelo califa Abul-Abas-Ahmed onde pretende resolver muitas coisas importantes, bem como o assunto dos números 284 e 220.
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  • CAPÍTULO XIV
  • O calculista conseguiu contar a diferença de números das franjas dos vestidos de duas bailarinas dançando. O invejoso e rancoroso Nahum Ibn-Nahum, tentou denegrir a imagem do calculista, mas o Beremiz contou ao rei sua visão onde ele apóia o calculista.
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  • CAPÍTULO XV
  • Tinha como passatempo a construção dos quadros mágicos, onde para eles era um protetor contra doenças, conforme Beremiz.
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  • CAPÍTULO XVI
  • Foi oferecido ao novo rei Iadava um jogo para distrai-lo e abrir o coração à portas de novas alegrias. Onde Sessa  explicou ao rei Vizires e cartesãos de que consistia o jogo.
  • Assim o rei quis oferecer jóias, palácio em recompensa ao jogo que ganhou de presente, como forma de agradecimento, mas Sessa solicitou que seu pagamento fosse com grãos de trigo. Então o rei estranhou da tal solicitação onde após esclarecimento prometeu que seria pago conforme solicitado, mas ao providenciar verificou que a quantia solicita era enorme.
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  • CAPÍTULO XVII
  • O calculista esclarecia dados referente a números pelo qual as mulheres estavam interessadas em criar tatuagem no próprio corpo. O contador de história contou uma história onde sua solução não foi descoberta até o momento que era referente as três irmãs vendendo quantidade diferentes de maça.
  • Ao concluir Beremiz esclareceu o tal problema sendo resolvido de forma simples.
  • CAPÍTULO XVIII
  • Foi  homenageado o príncipe Cluzir-el-din-Mubarec-Schá explicando-lhe a lei de Pitágoras.
  • Beremiz citou a obra Suna-Sidauta de autor desconhecido.
  • Também foi contado a história da filha de Bháskara que no fim ficou sempre solteira.
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  • CAPÍTULO XIX
  • Foi contado o problema da divisão das moedas entre os marujos, sendo esclarecida pelo calculista, impressionado o príncipe Lahore pediu ao Beremiz que descobrisse o enigma da medalha; assim esclareceu ao príncipe onde ganhou a medalha e uma bolsa de moedas.
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  • CAPÍTULO XX
  • Caminhando pelo deserto o Beduíno avista uma caravana ; começou a contar quantos camelos são através de sua forma de contagem.
  • O matemático explicou sobre a quina; também foi explicado o funcionamento de vários sistemas de contagem como o de base 10, 12, 60, 20 e também do sistema Grego, Romano, Árabe…
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  • CAPÍTULO XXI
  • Nas últimas semanas teve seus vários progressos na ciência de baskara.
  • Ao fim da tarde ao iniciar a refeição, onde avistou que a hospedaria fora cercada por tropas.
  • A algazarra não perturbou Beremiz, onde estava alheio aos acontecimentos da rua e trançando figuras geométricas com pedaços de carvão.
  • Mas os oficiais da escolta os levaram ao palácio do Vizir Maluf para resolver um problema matemático complicado.
  • Então o Vizir narrou o problema de dividir o período de tempo que o homem ficaria na cadeia para ser libertado não sendo mais perpétuo.
  • O rei Mazim ficou admirado em ver nas paredes úmidas da enxovias escritas pelos detentos, tantas coisas belas e curiosas onde determinou que fosse revisto todos os processo de julgamento verificando que muitas delas eram injustas.
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  • CAPÍTULO XXII
  • No fundo do subterrâneo encontra-se o pequeno calabouço, onde fora encarcerado Samadique.
  • Ao voltar ao rico divã das audiências, apareceu o Grã-Vizir Maluf rodeado de cortesãos, secretários entre outros, onde todos aguardavam a chegada de Beremiz para conhecer a fórmula que o calculista iria empregar para resolver o problema de metade da prisão perpétua.
  • Após várias tentativas e formas, obteve-se a maneira adequada para tal problema que seria a de liberdade condicional sobre vigilância da lei.
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  • CAPÍTULO XXIII
  • No bairro que moravam, Beremiz recebeu a honrosa visita do príncipe Schá.
  • Beremiz discorreu sobre o problema que interessava ao príncipe, o problema das pérolas do raja.
  • As filhas mais moças se queixaram ao juiz alegando estarem prejudicadas nesta divisão.
  • Em contra partida o juiz informou que elas estava enganadas, e que a divisão era justa, explicando lhes, detalhadamente do processo feito.
  • Beremiz concluiu que o problema não era difícil.
  • Assim o número escrito cinco vezes na parede  do quarto chamou a atenção do príncipe Cluzir Schá.
  • Então o calculista lhe respondeu que era um dos números mais curiosos da matemática, lhe apresentou a relação a seus múltiplos.
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  • CAPÍTULO XXIV
  • Beremiz contou sobre o problema mais indeterminado da aritmética, o problema do rei Hierão.
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  • CAPÍTULO XXV
  • No palácio do Califa havia sete sábios que iriam interrogar o calculista.
  • A um gesto do Califa o Xeque Nurendim Barur tomou Beremiz no braço conduzindo-o até a tribuna erguita ao centro do salão, onde os sete sábios questionaram sobre a ciência dos números e caso responder todas as perguntas, receberá de recompensa tal que o fará um dos homens mais invejosos de Bagdá.
  • … Beremiz recebeu as jóias e o tapete com uma carta que a piedosa Telassim  havia colocado.
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  • CAPÍTULO XXVI
  • O sábio Mohadele interrogou o calculista sobre o assunto indiscutível importância para a cultura de um muçulmano.
  • E Beremiz venceu a primeira prova do debate restando mais seis.
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  • CAPÍTULO XXVII
  • Solucionado o primeiro caso, o segundo sábio interrogou Beremiz.
  • Admirado o sábio exclamou: Vamos ver agora se o terceiro argüidor conseguirá vencer nosso calculista.
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  • CAPÍTULO XXVIII
  • O terceiro sábio Célebre Artrônomo Abul-Hassã Ali, de Alcalá dirigiu-se a Beremiz, comentou sobre suas duas respostas anteriores e perguntou:
  • É possível em matemática, tirar-se uma regra falsa de uma propriedade verdadeira?
  • O artrônomo ficou encantado com a resposta de Beremiz.
  • Então o quarto Ulemã Jalal Ibm-Wafrid, poeta, filósofo e astrólogo preparou uma pergunta antes de faze-la; esclareceu para que  todos a entendesse contando uma antiga leda perca.
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  • CAPÍTULO XXIX
  • Após contar a antiga lenda peça, o sábio voltou-se para Beremiz sorrindo com certo ar de brandura perguntou:
  • “Qual é a multiplicação famosa apontada na história, multiplicação que todos os homens cultos conhecem, e na qual só figura um fator?”
  • Beremiz respondeu que é a multiplicação dos pães.
  • Então o quinto a pergunta é o xeque Nascif Rahal onde contou uma lenda envolvendo números antes de fazer uma pergunta.
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  • CAPÍTULO XXX
  • Após ter contado a lenda, Beremiz comentou sobre a lenda e as divisões de três por três  e o três por dois onde o xeque Nascif Rahal confessou que não sabia.
  • A seguir teve a palavra o sexto Ulemã onde contou uma lenda que não contém divisões quadradas ou funções, mas envolve problema de lógica.
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  • CAPÍTULO XXXI
  • Após o 3 °  príncipe contar a história dos 5 discos de cores diferentes tinha que adivinhar a cor , onde pediu a Beremiz:
  • Qual foi a resposta do príncipe Aradim?
  • Como descobriu ele, com a precisão de um geômetro, a cor de seu disco?
  • Então Beremiz informou que a resposta de Aradim era o disco branco e esclareceu como descobriu.
  • Então o Califa declarou: Beremiz vencedor da penúltima prova.
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  • CAPÍTULO XXXII
  • O Mohildin Ihaia Banabixacar, geômetra  e astrônomo ira fazer a ultima pergunta onde antes contou o problema das 8 perolas iguais, mas com uma delas com menos peso.
  • Logo Beremiz efetuou seu comentário.
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  • CAPÍTULO XXXIII
  • Terminado a exposição feita por Beremiz sobre as questões feitas pelos sábios o sultão falou:
  • “Por ter respondido todas as questões corretas poderá escolher como premio que prometi entre: vinte mil dinares ou um palácio em Bagdá.
  • Mas Beremiz disse que isso não tinha valor e que seu pedido é de casar-se com Telassim.
  • Então o Emir disse que poderá casar-se se resolver o problema inventado por um dervixe do Cairo ou seja adivinhar a cor dos olhos das 5 escravas fazendo somente 3 perguntas a 3 escravas.
  • Enfim, Beremiz acertou a cor dos olhos das 5.
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  • CAPÍTULO XXXIV
  • Em 1258 a cidade de Bagdá foi atacada por uma horda de tártaros e mangóis.
  • O Xeque Iesid morreu…
  • Bagdá ficou nas ruínas.
  • Telassim fez com que Beremiz repudiasse a religião e adotasse o Evangelho de Jesus.
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  • Conclusão
  • O Homem que Calculava viajava de um luhgar a outro, sendo muito bem reconhecido, na maioria das vezes.
  • Nestas viagens resolvias problemas matemáticos, os quais ninguém havia obtido tal solução até o momento.
  • Após vários problemas resolvidos ficou reconhecido, onde após ter respondido correto as perguntas feitas pelos sábios, casou-se com Telassim, sendo um dos melhores problemas que resolveu.
  • Então segundo Beremiz: “A verdadeira felicidade só pode existir a sombra da religião cristã.
  • Fonte: http://www.guiafar.com.br/portal/index.php/pt/artigos/articos/113-livros/109-o-homem-que-calculava


  • Pensei em milhares de coisas pra escrever nessa resenha. O bom é que só tenho coisas boas para falar de “O Homem que Calculava”. E lamento muito que só li esse livro agora… Queria muito que isso tivesse acontecido a dez anos atrás. Eu não gostava de matemática, sempre achei muitas coisas muito inúteis. Depois de velho, passei a ter mais maturidade e olhar melhor para os números…

    Não que “O Homem que Calculava” fale apenas de números, continhas, teoremas e blá, blá, blá, não é isso, porém vai muito além.

    Como de praxe, começarei falando da capa, conteúdo, etc. A capa é muito linda! Chama atenção. Um belo tom de azul nas bordas lisas. No centro, fosco, uma bela figura de homens tipicamente árabes ilustra belamente a capa. Gostei bastante, ótimo trabalho da Record.

    Complementando, a estrutura do livro é muito bem organizada. Algumas expressões e nomes dignos de nota se encontram brevemente explicados em notas de rodapé e no final do livro tem um Glossário. Ou seja, a princípio, você não precisa quebrar o ritmo de leitura para se ligar nos termos, expressões e personalidades citadas ao longo do texto e isso eu acho excelente!

    Outro ponto forte do livro é que está tudo estruturado em contos. E são relativamente curtos. Então quem tá procurando uma trama mega elaborada dos livros atuais, esqueça! Não é essa a temática do livro.



    Falando brevemente do autor… Malba Tahan é o pseudônimo do professor de matemática Júlio César de Mello e Souza (1895 - 1974) que possui como característica, narrativas de fábulas e lendas orientais. “O Homem que Calculava” foi sua obra mais famosa entre as várias que possui o genial autor.

    O livro conta as proezas matemáticas do persa Beremiz Samir, o Homem que Calculava. As peripécias do calculista são contadas pelo bagdali Hank Tade-Maiá que acompanhará Beremiz como um seguidor.

    E agora acho que devo falar um pouco do por que de ter gostado tanto deste livro. Bom, ao contrário do que eu pensava, que o livro se tratava de um monte de estórias cheias e contas chatas que iam ficando piores ao longo do livro… Mas não é bem por aí. Os contos contam estórias bem simples, diretas, não muito descritivas sobre problemas matemáticos e/ou cultura oriental islâmica (muçulmana). O que eu achei maravilhoso, pois me acresciam quanto ao pensamento lógico e culturalmente ao conhecer um pouco da cultura, costumes e religião dos povos do oriente.

    E nenhum dos contos envolviam uma matemática chata e complicada. Tudo era muito simples e prático e a maioria dos problemas resolvidos pela genialidade de Beremiz utilizava bem mais de raciocínio lógico do que matemática teórica. E quando o raciocínio dele não ficar claro, no fim do livro tem um apêndice explicando matematicamente com mais clareza os cálculos envolvidos.

    Vou resumir aqui um dos contos e, obviamente, o mais famoso:
  • A divisão dos 35 camelos: Beremiz e Hank encontram um grupo de três irmãos que tem um problema com uma herança. Seu pai falecido deixou como herança 35 camelos aos 3 filhos. O mais velho receberia metade dos camelos. O do meio receberia um terço dos camelos e o mais novo, um nono dos camelos. Mas 35 dividido por 2, 3 e 9 deixa resto e nenhum dos irmãos queria abrir mão de sua parte. Beremiz pede o camelo de Hank emprestado para juntá-lo ao total de camelos. Agora são 36 camelos divididos por 2, 3 e 9 = 18, 12 e 4 camelos respectivamente. O somatório, então é de 34 camelos. Beremiz toma o camelo de Hank de volta e por sua perícia é agraciado com o camelo que restou. Então, Beremiz segue viagem com Hank, agora cada um com seu camelo…
  • Eu esperava que não houvesse final para esta história, no entanto, fiquei surpreso, pois há sim um final e de fato, surpreendente e inesperado (em parte, hehe)!

    Só tenho a recomendar “O Homem que Calculava” à todos, de todas as idades, de todos os interesses, pois é uma leitura que realmente vale muito a pena!
  • Fontes: http://literaturan.blogspot.com.br/2010/10/resenha-o-homem-que-calculava-de-malba.html